O verdadeiro espírito de Natal há muito tempo não esta presente em nossa sociedade. O real espírito natalino seria a valorização do amor; a união dos povos; a repulsa a todos os tipos de discriminação; a luta contra o egoísmo e a exploração do homem pelo homem.
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Hoje o Natal é a época do consumismo, época de festa
alienante e desprezo pelos pobres. As pessoas só pensam em comprar mais e mais,
e os únicos beneficiados são os grandes capitalistas. Estes mesmos que nos
exploram o ano inteiro roubando-nos através da mais-valia, e usando o Estado
para oprimir o povo, lucram quando você adere ao consumismo natalino.
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Em vez de gastar seu décimo terceiro e seu suado salário com
presentes, árvores de plástico e enfeites natalinos, economize, compre livros...
Se você é cristão e sente que o Natal é um acontecimento importante, eis mais um
motivo para você repudiar toda essa futilidade festiva e consumista. Pois é
claro que o consumismo, a alienação e a exploração no Natal nada tem de cristão
(ou tem?).
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O grande símbolo consumista do Natal é Papai Noel, criação do
Capitalismo para que se compre mais e mais, para que as pessoas se alienem, para
que os ricos fiquem mais ricos e os pobres, mais pobres. A verdade é que Papai
Noel não existe para os trabalhadores sem-terra, para os sem-teto. Ele não
existe para os marginalizados. Papai Noel não existe para as crianças pobres.
Ele só aparece mesmo na propaganda, na vitrine da loja... Papai Noel só existe
no fim do ano, na hora de roubar o pouco dinheiro que sobrou.
Não seja um alienado, esperando que algum velho barbudo de
roupa vermelha venha lhe trazer a felicidade. A felicidade não se ganha de
presente, conquista-se. E só é possível a felicidade plena numa sociedade livre,
sem exploradores e explorados, sem governantes e governados.
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(Texto escrito por Winter Bastos)